domingo, 8 de agosto de 2010

Pai!

Preste atenção no que vou dizer agora.
Sei que não pode me ouvir, mas onde que esteja,
Saberás que minhas lagrimas escorrem por você.

Foi terrível ter que ver-te partir assim,
Tão rápido, quando ainda tinhas tanto a ver crescer,
Quando ainda poderias ver-me crescer.

Sei que em seus dias de já partida,
Olhavas-me, com os olhos em água, dormir.
Choravas, pois sabias que estava perto o dia.
Eu dormia por acreditar que o teria todo dia.

Lembro-me do quanto ri ao ti ver contar tantas
Histórias, ao ver-te trabalhar as poucas vezes que
Acompanhei-te. Eras o que me motivava a ser
Grande mesmo quando ser grande era algo muito distante.

Hoje, agora, sei que olhas por mim sempre,
E que estais aqui, vendo meus olhos mareados,
Minhas lágrimas molharem as teclas.
Sabes que minhas lágrimas correm por ti.
Por sua ausência que escolheu esse dia
Para se fazer presente.

Amo-te eternamente, por mais que
Nunca tenha demonstrado.
Sabes a enorme falta que sinto de
Ver-te entrar pela porta como todos
Aqueles dias alegres fizestes.

Sabes a enorme falta que sinto de dizer-te:
“- Pai?” e de ouvir-te responder em seu
Grave tom “-Sim Jonas?”
Sei que é meio tarde mas, agora digo:
Amo o senhor. E sempre o amarei.
E mesmo que não toque mais teus braços,
Sinto abraçar-me agora e dizer:
“- Não chore, estou aqui com você.”

...
Por Jonas Alves.

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