segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Espero

Os dias vão passando cinzamente...
Como se tudo fosse tingido pela
Agonia e terror dos males do Holocausto
 E mesmo em forte presença do verão,
Sinto que é o inverno que vem chegando.

As montanhas tornam-se atrativas agora.
Como se eu fizesse parte delas...
Do escuro que cerca a cada dia,
Da solidão em desespero.

Sinta eu falta de sua companhia risonha
Pelas ruas e esquinas...
De seu humor que, mesmo negro fosse,
Fazia-me rir descotroladamente.
E pendurar-me em seu pescoço
Para rouba-lhe um beijo.


Agora estou aqui, procurando inspiração em meus erros
Pra arrancar esse mal de meu peito
Pra ver se descanço sem anseio
Enquanto espero o sol sorrir pra mim,
Enquanto espero você sorrir pra mim,
Enquanto simples e incessantemente espero.

Castelo Parte II

Cartas.
Escrevo incessantemente 
Sobre estas linhas 
No papel amarelo
Na esperança de que
Elas cheguem a Mina.


Ciganos.
O bando que lá fora está
Zomba de mim ao me ver
Suplicar da janela.
Não sabem eles o perigo
Que os cercam, ou até
Sabem. 
Nessa terra nada me espanta.


Corredores.
Estão sempre escuros.
Sempre levam à portas
Que sempre estão trancadas.

Exceto por uma.


Túmulo.
No canto esquerdo da gruta
Sob um monte de areia
Repousava um caixão.
Nele, o ser inerte, ou não, 
repousava.
Estava, mas rubro, mais jovem.
Tinha uma gota de sangue em seus lábios.
Ele tinha matado.


Medo, desespero, fé, cede de sangue.
Assim se resume os dias que passam
No castelo do Conde Drácula