Era sábado se eu não me engano.
Chovia nesse dia. Estávamos entrando no outono.
Dentro do carro estava quente e confortável.
Eu dormi.
A noite chorava, chorava lágrimas de diamantes...
De dia lágrimas, a noite amantes....
Mas amante de quem, amante do que?
Não se sabe ao certo pra quem escrevo a canção,
Que mesmo tendo tocado na hora errada,
Ou mesmo que não tenha tocado,
Ficou subentendida no seu olhar escondido...
Na sua vontade retraída...
Nos momentos de silencio.
Músculos retraídos, e relaxados...
Eu sinto sua mão em meu pescoço...
Seu nariz está gelado por conta do frio que a chuva trás...
Meu corpo está quente, como de costume....
Pena tudo não passasse de um sonho...
Acordava eu, encostado no banco do carro...
Em casa, mas uma vez, me dirige a mim mesmo
Diante do espelho, onde uma vez você me disse que
Eu o encontraria.
E como de costume, estou sozinho.
Era sábado se eu não me engano.
Chovia nesse dia. Estávamos entrando no outono.
Dentro do quarto estava quente e confortável.
E lá eu ia mais uma vez sonhar com o beijo que não aconteceu.
...
Por Jonas Alves.