Castelo 1

Saída.
Estava escuro e frio.
Ainda estávamos na floresta.
A carroagem ia numa pressa só,
E o condutor fazia questão de
Que eu não demorasse muito
Para chegar a meu destino.

Outra carroagem.
Desta vez, o cocheiro era
Terrivelmente assustador.
Sua pele fria,
Seus dentes brancos e poteagudos,
Seu olhar de cede por sangue.
As luzes azuis pairavam e
Corriam ao longo da floresta ao nosso lado.
Os lobos uivavam dentro da imensa escuridão.

Luzes.
As paredes sólidas me aprisionavam
E comprimiam meu interior a cada dia que se passava.
A imensa e vasta biblioteca estava se
Tornando pequena e resumida para mim.
A presença do conde era, ora agradável, ora assustadora.

Susto.
Flamas sombrias e risonhas pairam
Em minha frente e discutem meu fim.
Lindas e horríveis mulheres velam meu sono,
Enquanto estou onde não deveria estar.
A ira do conde tornou-se algo aniquilável.
Seus olhos faíscavam ao vê-las roubando seu banquete.

Terror.
Ele rastejava através das pardes
Do castelo com a rouba que fora roubada de mim.
O desespero do engano das esperanças de sair de lá
Me consumiam a cada segundo que o sangue
Desejado pulsava em minhas veias.

Monstro.Sangue.
A criança gritava do alto da torre
Enquanto sua mãe chorava e implorava
Pela vida de sua vida.

Um chamado.
Em menos de um segundo
Os lobos da floresta
Escura estavam reunidos
No pátio.
Os gritos da criança sessaram.
As súplicas da mãe foram abafadas
Pelo uivo e latido dos lobos.
Ele as matou.

Medo, desespero, fé, cede de sangue.
Assim se resume os dias que passam
No castelo do Conde Drácula.