A música vinha de uma sala vazia
A não ser pela presença de um belo piano de cauda
De mármore branco como a neve.
A melodia era triste, mas o son era
Doce ao ponto de embreagar-me como um copo de vinho.
Cada nota ficava mas grave a medida que
Eu me aprooximava da porta.
Ao entrar na sala a música parou.
Não conseguia ver que tocava
Pois estava tudo muito claro com a luz
Do sol que entrava pela imensa janela de vidro.
Então, a música voltou a tocar do exato ponto
Em que parara, como se o tempo de
Silêncio fosse o suficiente para
Reconhecer-me.
A medida que eme aproximava mais do piano
Começava a destinguir as formas no claro da luz.
A bela jovem que tocava divinamente
Clair de Lune usava um lindo vestido branco
E sapatos vermelhos cor de sangue.
Seus cabelos terrosos balançavam assim como a cortina
Balançava com o vento.
Ela sorria ao me ver reencostado na grande porta.
Seu sorriso era magnífio, e a deixava ainda mais bela.
Tudo estava em perfeita sincronia: Eu, Ela, o Piano.
Até que as notas ficaram mais graves e
A sala começou a girar.
As luzes piscaram e a neblina tomou conta de tudo.
Quando dei por mim, a linda jovem
Estava em minha frente com a mão estendida em minha direção.
-" Venha, quero lhe mostrar quem sou.
Você precisa me conhecer para poder me ajudar".
A linda jovem já não era tão linda assim.
Seu rosto e vestido respingados de sangue.
Seus olhos sem nenhuma expressão.
Peguei sua mão e segui com ela pela sala iluminada.
Com o passar dos dias, os sonhos
Com a linda Isabel ficavam mais expressivos,
Assustadores e rotineiros.
Agora, estava mais do que claro que ela
Queria minha ajuda para algo.
Só não sabia se eu estava realmente disposto a isso.
....
Por Jonas Alves.
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